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Abrangência e significado da cooperação em um Movimento Espírita




Movimento espírita, para ser entendido e aceito como inclusivo, é muito mais do que apresentar um conjunto de estratégias estruturalmente qualificadas, as quais geram possibilidades pela criação ou organização de recursos e medidas adicionais nas instituições (Federativas e Centros) que contemplem às necessidades específicas de pessoas com suas deficiências e diferenças.

Pela consideração de um espaço estar estrategicamente acessível instrumental e funcionalmente, algumas vezes as pessoas julgam que estes procedimentos são suficientes e não percebem o quanto há o reforço do isolamento, da segmentação e manutenção de alguém distanciado do escopo e da dinâmica doutrinária se a atitude includente interna que deve permear e circular pela instituição, está mais ou menos sem alteração.

Inclusão, como valor e direito humano inalienável, antes de tudo implica esforço de mudança atitudinal e melhoria da dinâmica institucional no sentido de proporcionar para todos as melhores condições de pertencimento, aprendizagem e participação efetiva e conjunta de acordo com as definições de características circunstanciais ou crônicas de cada pessoa, reduzindo ou abolindo seu sentimento ou percepção de escassez.

As mudanças inclusivas jamais objetivam homogeneização ou a normalização de quem quer que seja, pois encontram sustentabilidade na riqueza da alteridade, da aceitação e reconhecimento da diferença sem que isto se torne um processo de estranhamento e sim de oportunidade de amadurecimento fecundo. O poder, domínio e superioridade de grupos a ditarem regulamentos, decisões e imposições se desvanecem quando a interação acontece espontaneamente, destituída de preconceitos escamoteados ou de constrangimentos subjacentes. Por este motivo é referendado que inclusão, propriamente dita, não ocorre por ato legislativo ou normativo, de qualquer ordem, mas por decorrência consciencial e ditada pelo entendimento da proposta cristã.

Toda a mensagem crística e doutrinária prepara e amplia as concepções, ideias e ações fundamentadas nos valores da intersubjetividade, da fé raciocinada, da conciliação identitária e da diferença entre o eu e o outro sem que esta diferença justifique uma ruptura interativa ou muitas vezes disfarçada de interatividade: ao contrário, são nestas possibilidades alternativas e factíveis que a relação se consolida, a vulnerabilidade se enfraquece e o homem novo surge em todo um esplendor de regeneração, ganhando os horizontes em emancipações parceiras.

A cultura inclusiva encontra na cooperação entre todos substratos consistentes, promovendo o desenvolvimento de relações justas, de confiança mútua e partilhamento de finalidades evolutivas conquistadas no convívio com a multiplicidade de entregas plenas do saber-se em segurança e em alinhamento com o grande propósito reencarnatório qual seja o melhoramento moral e intelectual individual e conjunto.

O ato cooperativo promove parcerias cada vez mais solidárias, leves, corresponsáveis e reforçadas na expressão da autonomia individual e coletiva com a certeza de uma construção sadia nas quais existe a potencialização do desenvolvimento de competências afetivas, sociais, cognitivas, comunicativas, estéticas e morais de todos. Estes valores estão presentes no direito de cidadania, de aceitação, no respeito pela diferença delineado pelos indicadores da solidariedade, equidade, amor e caridade.

A aprendizagem e o intercâmbio doutrinário no modelo cooperativo são uma estratégia metodológica centrada na pessoa e no trabalho colaborativo em pequenos grupos. Estes grupos se organizam, se alternando periodicamente, tendo as diferenças dos seus membros como elemento essencial porque esta diferença traz novos repensares, desafios e propostas de acessibilidades que nutrem e fortalecem o repertório de conhecimentos inclusivos.

Deste modo, a direção e o sentido de todo o processo de reforma íntima e da educação de nossas inclinações ganha um investimento reencarnatório evolutivo, pois o objetivo, interesse e preocupação são prioritariamente inclusivos e, consequentemente, emancipatórios a partir da inserção de cada um no seu contexto histórico. Em decorrência, há a melhora na conquista de competências e subsídios que possibilitem examinar, identificar e ajustar suas lacunas ou elastecer seus limites de conhecimento e saberes.

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