Os Mensageiros, cap. 31 - Cecília ao órgão
- fergs
- 24 de jul.
- 2 min de leitura
Os textos aqui publicados tem seus direitos autorais integralmente
cedidos à Federação Espírita do Rio Grande do Sul.
Este poema é inspirado no capítulo do livro “Os Mensageiros”, ditado pelo Espírito André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier – da FEB Editora.
Na inspiração para compô-los tivemos o auxílio valioso do querido poeta Roberto Pedro Michelena, ex-Presidente da Fergs, que na sua labuta no mundo espiritual tem nos estimulado a trabalhar a linguagem poética como forma de educar os sentimentos e abrandar os impulsos. Cada poema expressa algum ou alguns dos ensinos profundos trazidos na obra em referência, pelo que convidamos o leitor a fazer a leitura do texto do livro e após repetir a leitura do poema, o que levará razão e coração a aprofundar o entendimento dos ensinos ministrados pelo mestre André Luiz.
Beth Barbieri
Cecília ao órgão
A alegria era o matiz da noite enluarada
Os convidados chegavam, coroando o instante
Pares graciosos passeavam ao logo da amurada
Em recepção condigna aos ilustres visitantes
A beleza do ambiente levou-me a meditar
Nos contornos sublimados daquela vida social
Feliz uma sociedade que começa a praticar
O amai-vos uns aos outros, a caridade essencial
A música no evento teve lugar destacado
Os pequenos em coral cantaram com perfeição
- São as nossas flores vivas - disse Alfredo, emocionado
Ouviu-se depois Cecília em sublime execução
A senhora do castelo ponderou com a musicista
- A música elevada é sublime em toda a parte
A composição de Bach pelas mãos da pianista
Elevaram o ambiente nos sublimes tons da arte
Em nova execução Cecília transfigurada
Deixou a alma cantar, banhada em luz superior
A canção maravilhosa e a voz aveludada
Não permitem tradução para um círculo inferior
Sua beleza indescritível falava de amor sofrido
Alguém a quem dedicava um sentimento profundo
Que ficara no caminho sem jamais ser esquecido
Vagando de queda em queda pelas veredas do mundo
O coração de Ismália deu à Cecília acalento
O amor é luz divina nos abismos tenebrosos
Toda a alma sofredora carece de apascento
Nosso destino é o redil do Pai Misericordioso
