Ofertar a outra face
Diante da epidemia do crime e da violência.
Diante do convite ao desforço pessoal.
Diante da onda de ideias que radicalizam e desconsideram a situação daqueles que desafortunadamente mergulham na atmosfera do crime.
Diante do sentimento que ignora, serem os criminosos almas enfermas que necessitam de cuidados e restrição de liberdade, mas sobretudo de compaixão, de misericórdia e de ações educativas.
Diante do olhar que se detém no terreno enganoso da retribuição do mal pelo mal, entendendo que tirando a vida física do criminoso estaremos protegendo a sociedade.
Lembremos dos que ainda não possuem a visão da imortalidade da alma e das realidades do mundo espiritual, embora tenham, na sua consciência, a lei divina que interdita a quem quer que seja o desejo de matar, e que são esses um pouco menos comprometidos com as ideias que vigem, todavia têm sim a sua soma de responsabilidade.
Lembremos dos que já têm diante si, pela bênção da Doutrina Espírita, descortinadas as paragens de mais além, a conexão das vidas sucessivas, a imortalidade da alma; e que a esses pesa, substancialmente, quando mesmo que por dever de ofício, por exercício de suas profissões nutrem sentimentos desse jaez.
Os policiais e todos os que labutam no sistema de reclusão, de prisão, de julgamentos na Terra precisam trabalhar o coração e as mentes para não se renderem à mazela da truculência, da vindita, da desconsideração pela condição humana dos criminosos.
As matrizes da violência desaguadas nos sentimentos são armadilhas que se erguem em torno do coração e acabam por enfermar a alma, e a alma enferma é presa de todas as tentações.
Vigiai, como diz o venerando Espírito Joanna de Ângelis, as nascentes dos corações, para que as águas que banham a vossa sensibilidade não se turvem.
Carlos
Grupo Yvonne Pereira
19 de dezembro de 2019
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