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Alunos de Esperanto da FERGS participam de Congresso em Goiás


De 20 a 23 de junho, na cidade de Goiânia, em Goiás, ocorreu o 54º Congresso Brasileiro de Esperanto. A turma de estudantes de Esperanto da Federação Espírita do Rio Grande do Sul participou do evento acompanhada de sua professora, Tereza Jobim.

Foram assistidas Oficinas e travado contato com pessoas de todo o Brasil e Argentina. O mote do evento foi "Esperanto, cultura e arte: juntos na construção de uma nova sociedade".

A Conferência de abertura foi feita pela escritora Renata Ventura do Rio de Janeiro. Abaixo alguns trechos da fala, selecionados pelos nossos esperantistas:

“Sabemos que uma língua neutra internacional é capaz de unir as pessoas, porque já vimos os efeitos dela em vocês mesmos e nos outros. A maioria aqui aprendeu Esperanto exatamente porque acredita no sonho de Zamenhof, seu criador, e sabe que esse sonho funciona.

Assim que descobri o Esperanto, eu me empolguei. Me empolguei com a ideia de uma língua internacional neutra; que, não sendo de país nenhum, não tinha dono, e não impunha o poder de outra nação. Me empolguei com a ideia de uma língua tão fácil de aprender que, se o mundo inteiro resolvesse adotá-la como segunda língua, em poucos meses todos estariam se comunicando sem dificuldades ao redor do mundo, trocando experiências e ideias... e tudo isso sem qualquer barreira linguística ou econômica, já que alguns poucos meses de aula bastariam para começar a se comunicar com o mundo!

Pode facilitar o contato com outras culturas, com outras formas de pensar, e que isso traga uma união maior entre os povos; diminuiria o preconceito cultural, enfraqueceria o ódio, enfim, faria todos perceberem como as pessoas no mundo inteiro são iguais, fundamentalmente. Que elas sentem as mesmas coisas, que se emocionam do mesmo jeito, e que podem, sim, vir a ser nossas amigas.

Só a partir dos séculos 17 e 18, por causa da invenção de Gutemberg, livros, que antes influenciavam muito pouco, por serem caros, raros e lidos apenas por alguns privilegiados, em menos de dois séculos viraram objetos do dia-a-dia, no Ocidente. As pessoas passaram a ler mais; bibliotecas móveis levavam literatura para o povo, popularizando a leitura, e, de repente, todos estavam lendo. O livro “A Cabana de Pai Tomás”, por exemplo, de Harriet Beecher Stowe, que contava a vida de um escravo, emociou tanto as pessoas que se tornou o romance mais vendido do século 19 e foi um dos catalisadores do movimento abolicionista norte-americano.

Esse é o poder da arte. Ela nos faz compreender os outros. O Esperanto faz a mesma coisa: ele nos aproxima das pessoas. Facilita muito o contato internacional e é, por isso, uma ferramenta tão incrível de paz. Imaginem se todas as pessoas do planeta aprendessem esta língua e começassem a viver essa revolução nelas mesmas. Em seus modos de perceber o mundo. O Esperanto, mais do que qualquer outra língua, nos predispõe a querer conhecer o outro.

Agora, imaginem mais: imaginem a literatura mundial inteira, com todo o poder que mencionei, sendo traduzida para o Esperanto. Pensem no acesso que teríamos a obras que nunca foram traduzidas para o português. Muitas vezes nem para o inglês. Infelizmente, hoje em dia as pessoas estão lendo muito mais notícias de Whatsapp atacando umas as outras.

O caminho para o mundo de paz e tolerância é o que nós queremos! O caminho do diálogo e do afeto com o diferente. Não adianta amarmos só o estrangeiro. O Objetivo de Zamenhof ao criar o Esperanto era unir os povos e trazer entendimento e paz entre as pessoas.

Precisamos fazer algo mais do que apenas divulgar a língua neutra internacional. Precisamos dar um passo além. Precisamos viver os ideais dessa língua no nosso dia-a-dia também. Exercitar a tolerância, a busca por compreender o diferente, por entender, com respeito e carinho, as idéias dos outros e seus sentimentos, porque só assim vamos mudar alguma coisa: Vivendo a mensagem do Esperanto em nós mesmos.

Eu sei que é difícil. Mas se quisermos que a paz e o diálogo fraterno reinem na Terra algum dia, temos que trazer a paz para nossos próprios corações. E para nossos relacionamentos com o outro em nosso próprio país.

Mais do que nunca, a mensagem de intercompreensão do Esperanto se faz necessária. Mais do que nunca, o diálogo fraterno é necessário.

Então como dizia Gandhi: “Sejamos a mudança que queremos ver no mundo”.

Quem sabe, daqui a algumas décadas, as gerações do futuro vejam o mundo que construímos juntos e digam, sobre os Esperantistas de hoje, a frase do poeta e ator Jean Cocteau: “Não sabendo que era impossível, foram lá e fizeram”.

O Esperanto é uma língua internacional planejada que foi lançada em 1887 com objetivo de facilitar a comunicação entre os povos de diferentes países e culturas. O autor do Esperanto foi o médico polonês Lázaro Luís Zamenhof.

Também em Goiânia, mas no dia 24 de junho, ocorreu o Encontro Nacional de Esperantistas Espíritas. O evento se deu na instituição “Irradiação Espírita Cristã”, com o tema "Divulgação e expansão do Esperanto aos Espíritas no Brasil". Durante o dia, foram feitas apresentações de projetos, livros e discutidas idéias. Em 2020, o Encontro será em Ribeirão Preto, São Paulo.

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