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Preservação da Vida: Eulália Bueno traz emocionantes reflexões nos 99 anos da Fergs


Painelista conduziu fala sobre os desafios da vida terrena e como percebê-las através da doutrina espírita no evento “Os Obreiros do Senhor - O Espírita na Sociedade Atual”

Em comemoração aos 99 anos da Federação Espírita do Rio Grande do Sul, a federativa promoveu o evento “Os Obreiros do Senhor - O Espírita na Sociedade Atual” na tarde do último sábado, 15 de fevereiro, no Ministério Público, em Porto Alegre.

O primeiro painel da tarde contou com a presença de Eulália Bueno, que trouxe o tema “Preservação da Vida”, o qual falou sobre os desafios da vida terrena e como perceber as adversidades através da doutrina espírita, destacando a valorização do dom da vida.

Eulália primeiramente saudou o público e logo agradeceu o convite por fazer parte do trabalho comemorativo aos 99 anos da federativa. “Quantos amigos já fizeram parte desta seara, desbravadores, que não desistiram e além de não desistirem deixaram um legado, uma obra que conclama ao devotamento e à entrega. Somente isso sustenta o ânimo do trabalhador espírita em meio a tantas adversidades dentro da nossa própria alma”, falou.

A painelista iniciou sua fala com a história de um Rei sábio e rico, mas com a vida repleta de tragédias. Sua esposa faleceu no parto da filha e ele dedicou toda a vida à menina. Próximo ao aniversário de 15 anos da herdeira, mandou fazer um colar com as pedras mais preciosas do reino e deu a ela de presente.

Após a festa, o colar sumiu e o Rei ofereceu uma grande recompensa em dinheiro para quem o encontrasse. E assim, eis que um jovem foi a um pântano perigoso, onde cada vez mais afundado, enxergava o colar, sem alcançá-lo. Acontece que o colar estava acima da sua cabeça, pendurado em uma árvore.

Com esta história inicial, Eulália indicou que a história do jovem pode acontecer com qualquer pessoa, no momento em que ela pode se atirar sobre um pântano sem se dar conta de que era apenas um reflexo. “Quando as pessoas se dão conta, perderam toda uma encarnação sem nenhuma vez erguerem os olhos ao infinito. Sem descobrirem que a joia verdadeira é leve como o fardo de Jesus”, destacou.

Por que a preservação da vida precisa ser entendida?

Em dado momento do painel, Eulália lembra da pergunta 943 do Livro dos Espíritos: “Donde nasce o desgosto da vida, que, sem motivos plausíveis, se apodera de certos indivíduos?”. E a partir da resposta “Efeito da ociosidade, da falta de fé e, também, da saciedade.”, questiona o público “E conquistar os sonhos faria mal a alguém? Sim. Porque desde que somente cultivamos a materialidade, quando atingimos o ponto mais alto, logo vem o vazio e a inutilidade”.

E, assim, seguiu a fala ressaltando que estamos atravessando um grande momento de transição, um “claro e escuro” onde tudo fica confuso. Para ela, isso está cada vez mais forte, gerando incredulidade, falta de fé e desânimo.

Ainda, Eulália lembrou que é tão grave o abandono da vida que vemos a palavra “suicídio” aparecer mais de 30 vezes no Livro dos Espíritos, além de 9 casos de suicidas relatados minuciosamente na segunda parte do Livro O Céu e Inferno que não poderiam nos deixar dúvidas.

Assim, ela questionou: “Nós somos inquilinos de Jesus, será que estamos respeitando as normas da nossa casa? Logo ali passados os panos que cobrem o palco da nossa existência nós estaremos em um ambiente que nos é próprio, sem nenhum disfarce. A doutrina espírita é o sábio à beira do pântano dizendo “como com tantas luzes, mergulhastes no antro repugnante da corrupção moral?””

Para a palestrante, só quem tem olhos de ver, ouvidos de ouvir e coração de sentir pode nos horizontes escuros da materialidade ver os raios solares da regeneração que alimenta a alma.

Nesse sentido, esclareceu que quando falamos na preservação da vida, logo pensamos em aborto, suicídio, eutanásia, alguns tópicos que por acreditarmos que não farão parte da nossa vida, deixamos de lado. “Mas, por outro lado, vamos suicidando sonhos, abortando objetivos, oportunidades que nos são estendidas para o trabalho edificante, vamos literalmente provocando a eutanásia da nossa evolução pois temos medo dos enfrentamentos. A zona de conforto é o único lugar que sabemos viver”, frisou.

Após as reflexões, encerrou o painel com a história do músico, pianista e compositor alemão Beethoven quando compôs a canção “Sonata ao Luar”, à pedidos de uma amiga cega que queria conhecer a sensação de contemplar o céu através da música. Com a música ao fundo, Eulália conduziu uma mensagem emocionante e poderosa ao público sobre o esforço de vencer os desafios terrenos.

Ao encerrar o painel, entre tantas reflexões, nos deixou a seguinte fala: “Quando as adversidades da vida nos chegarem na porta da alma, quando nos sentirmos mergulhados na mais densa escuridão, quando nos sentirmos aparentemente convencidos de que nada mais podemos oferecer, olhe o céu, olhe a lua, se a noite for tempestuosa, olhe para dentro da própria alma, no céu da sua imortalidade, onde o brilho de Jesus prenuncia com vida para o novo amanhecer.”

Sobre a palestrante

Nascida em Portugal, Eulália Bueno veio para o Brasil em 1960. Em Santos (SP), no ano de 1994, fundou o Lar Espírita Caminho do Cristo, no qual é trabalhadora até hoje. Palestrante conhecida em todo Brasil, é autora de 8 livros, um deles, o romance espírita A Moura, que foi lançado pela Fergs Editora.

 

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