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HISTÓRICO DO DICIONÁRIO ESPÍRITA EM LIBRAS

Onde tudo começou

No Brasil, as pessoas Surdas passaram a ter acesso à Doutrina Espírita apenas a partir de 2006, quando voluntários do Grupo da Fraternidade Espírita Irmã Scheilla (BH/MG), na Seara Bendita Instituição Espírita (SP/SP), no Grupo Espírita Mãos Iluminadas (RJ/RJ), na Sociedade Beneficente Espírita Bezerra de Menezes (Porto Alegre/RS), no Grupo Espírita Francisco Xavier (Porto Alegre/RS) e outras Casas Espíritas passam a contar com profissional intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais) de forma voluntária em algumas de suas atividades. Neste período, líderes Surdos Espíritas de cada Estado iniciam também alguns projetos de  Acessibilidade das Pessoas Surdas à Doutrina Espírita e outros temas.


Em 2015, um pequeno grupo de pessoas Surdas e Ouvintes bilíngues (Libras e Língua Portuguesa) no Rio de Janeiro criam grupos para estudo da Doutrina Espírita utilizando o aplicativo WhatsApp -  uma forma de facilitar a comunicação e esclarecer as dúvidas sobre o Espiritismo. Essa alternativa possibilitou a participação de pessoas Surdas em diversos lugares no Brasil. Por isso, surgiu a necessidade de realizar, periodicamente, encontros nacionais entre surdos e ouvintes espíritas visando discutir e refletir as possibilidades de ampliar os trabalhos.

A partir de 2021, é criado a COMSEB, Comunidade Surda Espírita Brasileira, por meio das redes sociais Instagram, Facebook e Youtube. O objetivo da COMSEB é divulgar atividades que fomentam o empoderamento das pessoas Surdas no contexto espírita e divulgar as palestras de cunho doutrinário em Libras com tradução de voz, com voluntários tradutores/intérpretes de Libras. O primeiro Encontro Nacional ocorreu no Rio de Janeiro e a proposta é que os próximos sejam sediados em outros estados do Brasil que contem com projetos voltados às comunidades surdas nos Centros Espíritas (2015 - Rio de Janeiro; 2016 – São Paulo; 2017 – Rio Grande do Sul e 2018 – Minas Gerais)

 

Nosso objetivo 

 

Promover inclusão e acessibilidade para as pessoas surdas nos Centros Espíritas do Rio Grande do Sul, ampliando a comunicação básica dos sinais-termos espíritas, reforçando a divulgação e difusão do Espiritismo em Libras nas mídias digitais.

 

O  DESENVOLVIMENTO DO DICIONÁRIO ESPÍRITA EM LIBRAS



Em 2017 o grupo de líderes Surdos Espíritas, com integrantes de São Paulo e do Rio de Janeiro, convidou a professora de LIBRAS, Janaína Pereira Claudio, para registrar os sinais espíritas e postar os vídeos em um canal do Youtube com objetivo de divulgar os sinais espíritas em Libras validados e criados pelo grupo de Surdos, visando utilizá-los em eventos, palestras e estudos.


Em Minas Gerais, o Grupo de Estudos Surdos Espíritas (GES), criado em outubro de 2014 e formado por pessoas surdas e ouvintes, desenvolvia estudos sistematizados sobre a Doutrina Espírita, selecionando um banco de palavras que necessitavam a criação de sinais (Libras). A seleção de termos  foi divulgada em 2018, no Dicionário Espírita em Libras,  pelo site (http://www.dicionarioespiritalibras.com.br/projeto).


Então, a professora Janaína criou um pequeno grupo na rede social WhatsApp visando convidar as pessoas Surdas, Ouvintes e Intérpretes a se reunirem e refletirem juntos sobre algumas ações, como a criação de um dicionário espírita em Libras do Rio Grande do Sul, a organização de uma central de intérpretes de Libras e a construção de um projeto sobre inclusão e acessibilidade para as pessoas surdas nas casas espíritas.

O grupo optou por iniciar o dicionário, pois sabemos que as variações linguísticas regionais em Libras influenciam a cultura e a comunidade surda, e a falta dos sinais espíritas prejudicam os momentos das interpretações  dos estudos doutrinários, entre outros eventos.

 

De março a agosto de 2021, o dicionário desenvolveu e criou 355 sinais espíritas. As palavras foram selecionadas por meio da fonte do Espiritismo de A a Z, promovido pela FEB (Federação Espírita Brasileira). Os sinais espíritas foram gravados e registrados por Janaína Pereira Claudio e o dicionário será divulgado nas plataformas digitais da Fergs.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


A Metodologia utilizada

O projeto de pesquisa do dicionário foi constituído de uma parte exploratória, bem como o levantamento e análise de dados que se relacionam ao fenômeno investigado. Para a coleta de dados, foram selecionadas três principais referências:

1) 4 vídeos disponibilizados no Youtube, em canais de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre;
2) O site Dicionário Espírita em Libras, de Minas Gerais
3) O Espiritismo A a Z , produzido pela FEB.

 

Neste procedimento, se analisou os materiais visando rastrear os dados informacionais no ambiente do dicionário digital sobre os sinais espíritas em Libras e, também, coletar, revisar e interpretar os termos do Espiritismo em Libras que estão ou não de acordo. A equipe verificou estes sinais e focou na criação de sinais faltantes para determinados termos-espíritas. Os novos sinais, bem como os já existentes, estão registrados em vídeos no Dicionário Espírita em Libras do RS. 

 

A equipe listou as palavras em que os sinais estavam disponíveis no Youtube e no Dicionário de Minas Gerais, que necessitavam da criação ou adaptação de novos sinais espíritas. Esse processo facilitou a organização e visualização para criação, validação e gravação dos sinais.

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