A ambiência espiritual dos Congressos Espíritas do Rio Grande do Sul
A benevolência do nosso venerando instrutor Sepé, líder das equipes atuantes na pacificação dos corações enfileirados nas hostes de trabalho de Unificação em nosso estado, oferta-nos a oportunidade de relatar a ambiência do trabalho levado a efeito durante os Congressos Espíritas nos pagos sulinos.
Desde o primeiro grande movimento, efetivado pela espiritualidade, na década de 1920, com o objetivo de arregimentar os trabalhadores de Jesus, comprometidos com a união dos esforços e voluntariados para a reencarnação a serviço da divulgação do Consolador Prometido, as falanges já fortalecidas com a presença de Bezerra de Menezes inspiravam as difíceis, mas produtivas reuniões responsáveis por lançar em solo riograndense os alicerces da casa de Natanael, permitindo que as visões ainda díspares se unificasse no cultivo dos promissores campos da espiritualidade nessas terras
O segundo evento, ocorrido em 1945, traduziu o avanço dessa grei, apresentando para o futuro as teses vertidas da espiritualidade e que ao longo dos evos foram se constituindo nas esferas de atuação, nos departamentos propiciadores das lides educativas do ser integral e ora se configuram nas inúmeras áreas federativas.
O terceiro congresso iniciava o plantio dos corações para novos e benfazejos rumos na ampliação do escopo do entendimento da missão dos espíritas, aprimorando as ferramentas para o aprendizado e consolidando sob a tutela de Angel Aguarod a faina do ensino da redentora doutrina, a se espalhar pelo mundo, levando em seu cerne a educação dos sentimentos.
Vieram na sequência a quarta e quinta convenção, cada uma com suas nuances unificadoras a plasmar a caminhada da casa do Espírita Gaúcho no rumo das suas designações do Alto a figurar no pálio abençoado de Ismael, o anjo benfeitor a velar pela Pátria do Evangelho.
O 6º congresso trouxe a ensancha da marcha em direção aos altiplanos da serra, de onde partiu o “ Peregrino”, nos idos de 1950 para pregar a necessidade da União a fim de que o espiritismo prosseguisse intrépido na sua tarefa de iluminar os corações. A pacificação e o resgate das almas protagonistas ou figurantes nas revoluções que retalharam o Rio Grande, em todas as épocas, foi a culminância das atividades, com as brisas do entendimento bafejando as relações entre os seareiros para um novo ciclo de progresso a se implementar.
O sétimo congresso chegou sob as luzes do Evangelho como bálsamo para os transeuntes da evolução em refazimento das refregas sustentadas. Floria a campina, trazendo promessas de novos projetos e programas necessários ao atendimento das demandas da época do avanço tecnológico, dos desafios da ciência e das novas e perturbadoras filosofias e seu impacto nas vidas humanas.
Na oitava congregação dos espíritas gaúchos sinalizavam-se frutos maduros da caminhada de tantas décadas, com a presença marcante na temática desenvolvida com base nas travessias terrenas de expoentes a atestarem, com suas vivências, a fidelidade a Jesus e aos princípios do Espiritismo: Yvonne do Amaral Pereira, Divaldo Franco e o ímpar Apóstolo de Jesus, Francisco Cândido Xavier.
Nos encontros intitulados como o nono e décimo congressos os seareiros daqui e do além, pacificados, após um trânsito eivado de trabalho e desenvolvimento de autoestima e devotamento lançaram-se intrépidos apresentaram ao mundo, sobre a orientação da honorável irmã Cecília Rocha um método educativo que desacomodou as multidões congressistas, convidando-as uma participação ampla e à construção de conhecimento nos moldes necessários para gerações que chegam à Terra, portando amplos e lapidados valores a serem compartilhados.
O décimo primeiro congresso e o primeiro virtual desafiou-nos, nos dois planos da vida, ao uso das ferramentas tecnológicas, trazendo a experiência e permitindo o testemunho do alcance das ondas do pensamento e dos sentimentos, ao mesmo tempo ensejando reflexões sobre a beleza e a necessidade do convívio para a evolução a que todos somos fadados.
No último, o décimo segundo congresso realizado agora, iniciou-se um novo ciclo de arregimentação e interiorização das individualidades para efetivar-se uma nova busca de horizontes na via centenária da Casa de Spinelli.
O perdão é contagiante e quando se é perdoado, gera-se um impulso para a repetição do gesto e a ampliação de forma exponencial das vibrações que dele emana, eis a grande tarefa desenvolvida durante o evento: aproximar almas adversárias, inimigas, preparadas há algum tempo para o encontro com seus desafetos encarnados. Todos, com raras exceções, partimos da Terra deixando inimigos velados ou não; assuntos não resolvidos; suspeitas não esclarecidas e assim ingressamos no mundo espiritual carregados desses fluidos causadores de desconforto, criadores de algemas e influenciadores daqueles que continuam no corpo e com esse estado sintonizam, promovendo conflitos, gerando afastamentos e discórdia nas fileiras cristãs.
Promoveram-se muitos momentos de reconciliação, motivadores de reencontros que esfacelaram animosidades tecidas pelas divergências de ideias. Além disso, muitos atendimentos se fizeram, nutridos por essa amálgama de sentimentos fraternais produzidos.
Que as nossas lideranças prossigam no apascento do rebanho, abrindo barreiras, retirando impedimentos para que se aproveitem os talentos e recursos disseminados pelo Cristo a cada uma das suas ovelhas.
Abraço-vos, em nome da equipe de trabalhadores espirituais, velando pela unificação do Movimento Espírita.
Dinah Rocha
Grupo Yvonne Pereira
Hospital Espírita de Porto Alegre.
08 de novembro de 2023
Comments