Reflexões sobre a Parábola do Semeador - parte 2
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No entanto, nossos movimentos não se dão de pronto e nem são lineares. Somos indivíduos com momentos distintos na oscilação dos dias. O ser humano comum não apresenta constância previsível e estável, ao contrário, somos pessoas com imensas variações no campo emocional e psíquico. Poderíamos dizer que nosso território interior segue o modelo da parábola de Jesus. Temos dentro de nós o terreno pedregoso, os espinheiros e a terra boa. Dito de outra maneira, também podemos conceber que apresentamos momentos distintos no nosso território mental, há períodos em que estamos prontos para novos plantios, em outros não.
O ser humano não apresenta uma constância unívoca em seu mundo interno e sim possibilidades maiores ou menores de criações e transformações.
Quando Jesus propõe a parábola do semeador, parece-nos que também nos oportuniza pensar sobre nossa própria experiência interior, ou seja, nossa semeadura íntima. As diversas sementes de crescimento que a vida nos oferece constantemente também encontram em nós múltiplos territórios possíveis. As vezes somos “espinheiros”, em outras ocasiões, somos “terra boa”. São as variadas circunstâncias de nosso amadurecimento emocional, psicológico e espiritual nos quais nos apresentamos com diferentes possibilidades de assimilação.
Proponho, nesse espaço, uma reflexão menos antropomórfica e mais simbólica, de representações nessa parábola de Jesus.
CONTINUA...