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MEMÓRIAS DE UM SUICIDA – Parte 2.4 – As lições de Aníbal de Silas


Ocorre a primeira aula. Após uma oração sentida e verdadeira, ligam-se fios imperceptíveis à cadeira do mestre e imagens da vida de Aníbal podem ser visualizadas por todos em uma enorme tela. Poderíamos pensar em uma sessão de cinema quando tal descrição é dada. Mas tal comparação é incompleta, como nos adverte Camilo.[1] As lições não seriam apenas vistas ou ouvidas pelos estudantes. Seriam sentidas! Aníbal não dirá “- Olhem”, mas sim “- Sintam!”, o que é infinitamente diferente.

Primeira lição – a oração. Aníbal nos ensina o que é a oração, por que orar, como orar e o que receberemos em troca.

A oração é indispensável antes de qualquer cometimento que tentemos para fins elevados, pois devemos (a) nos apresentar ao Deus altíssimo, (b) homenageá-Lo com nossos respeitos e (c) solicitar suas bênçãos divinas. A prece é “vigoroso baluarte[2]capaz de manter serenos os vossos pensamentos à frente das tormentas oriundas das experiências e renovações indispensáveis ao progresso que fareis”[3] e a oração bem sentida e compreendida nos impulsionará a aprender a, progressivamente, mergulhar o pensamento nas regiões festejadas pelas claridades celestes, retornando esclarecidos para o desempenho das mais árduas tarefas.

(continua)

REFERÊNCIAS:

[1] “Positivamente mais real, mais completo e sugestivo do que o cinematógrafo dos dias vigentes, mais convincente que as cenas teatrais que tanto absorvem e arrebatam o observador, porque era a vida em si mesma, natural, humana, realmente vivida, o retrospecto do pensamento de Aníbal foi passando gradativamente pela tela enquanto nem mesmo desta nos lembrávamos, pois não a distinguíamos, senão os fatos empolgantes que se decalcariam em nossas mentes quais estímulos para futuras tentativas!” Obra citada, p. 407.

[2] Obra defensiva situada nas esquinas e avançadas em relação à fortificação – é a primeira e fundamental DEFESA. Caído o baluarte, tomada está a fortificação.

[3] “Aprendendo a alçar a mente ao Infinito, nas suaves e singelas expressões de uma oração sincera e inteligente, estareis de posse da chave áurea que vos levantará o segredo da boa inspiração” Obra citada, p. 403.

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